domingo, 14 de agosto de 2011

Rio-20 e o Compromisso do Brasil com a Redução de CO2

Linha de montagem de turbinas eólicas em Suape (PE)
O Brasil sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável em 2012. Batizado de Rio+20, o evento será realizado no Rio de Janeiro e irá discutir compromissos com o desenvolvimento sustentável assumidos pelos líderes mundiais na Eco-92(conferência que foi realizada também no Rio de Janeiro em 1992).

Dos principais temas discutidos, está a transição para economia verde com a eliminação da pobreza e a governança internacional para o desenvolvimento sustentável. Além da oportunidade de trocar experiências sobre iniciativas de energia limpa entre vários países. 

Embora as fontes alternativas de energia estejam se ampliando, é preciso mais para consigam substituir a dependência em que se encontram as maiores economias do mundo de carvão, petróleo e gás. Por isso a importância na aceleração da transição para a economia verde, título lançado pelo Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente. 

De acordo com a ONU, o mundo se encontra em um momento crítico em termos de investimento em baixo carbono. O Carbono é responsável pela emissão de gases do efeito estufa, o qual 20% é devido ao desmatamento, realizado em grande maioria para pastagem e agricultura. Quando as árvores são queimadas, uma grande quantidade de dióxido de carbono é liberada na atmosfera – um dos principais gases de efeito estufa, capaz de acelerar as mudanças climáticas. Os países com maior emissão de CO2 por desmatamento são a China, Indonésia, Brasil, Estados Unidos, Republica Democrática do Congo. 

As Nações Unidas já pediram que 2% dos PIB mundial seja investido na economia verde. Segundo o relatório da ONU, este investimento mais do que pagaria, na forma de milhões de novos empregos, desenvolvimento de novas indústrias, benefícios para a saúde decorrentes do ar mais limpo, economia com energias mais eficientes e a redução nas emissões de gases do efeito estufa. Veja o relatório completo aqui.

O mundo discute alternativas que incentivem a preservação do meio ambiente. Uma das opções mais debatidas sugere o pagamento por parte dos países industrializados e empresas às nações em desenvolvimento, como forma de compensação ao desflorestamento. Este mecanismo é conhecido como Redd (Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation in Developing Countries), traduzido para o português como Redução das Emissões geradas pelo Desmatamento e Degradação. O Redd é um mecanismo de compensação financeira voltada para a preservação das florestas dos países em desenvolvimento.

No Acordo de Copenhague em 2010 o Brasil assumiu compromisso de reduzir de 36 a 39% das emissões de CO2 por desmatamento até 2020. Os índices propostos pelo Brasil exigem forte redução do desmatamento e queimadas, sobretudo na Amazônia. O que gera uma série de dúvidas de que o Brasil realmente irá cumprir a sua meta. Sobretudo com a mudança do código Florestal em 2011, que incentiva o descumprimento das leis que protegem a natureza e o desmatamento, com a diminuição das APPs (Áreas de Preservação Ambiental).

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